Hoje é dia de trazer um dos assuntos mais importantes quando falamos de jogo: comunidade. Há dez anos atrás era impensável a gente dizer que uma comunidade teria tanto impacto em produtos. Hoje é praticamente impossível (ou deveria ser!) a gente pensar em criar um produto sem pensar no público-alvo mais engajado.
E quando a gente fala de pessoas não existe fórmula mágica: é um trabalho diário e contínuo que deve ser bem feito e tem que prestar bastante atenção, porque muda sempre. Lembrem-se que estamos falando de pessoas, que são inconstantes e flexíveis, e não de números ou de ciência exata.
E tão importante quanto seu produto, a comunidade pode ser um dos bens mais valiosos da sua empresa. Quer saber por que? Vem comigo.
O que é comunidade?
Vamos começar do básico: o que é comunidade? Falando por definição, comunidade vem do termo communitate é um grupo de indivíduos que compartilham um interesse em comum. Uma comunidade pode ser de música, arte, filmes e muitas outras coisas, incluindo jogos.
No meio do entretenimento é muito comum fãs ou entusiastas de determinado título se juntarem para compartilhar informações, trocar experiências e acompanhar as novidades. E se tratando de jogos, é bem comum que essas pessoas se reúnam para jogar, eventualmente.
A paixão move
Quando a gente fala de comunidade, a gente fala de paixão atrelada à sua marca e/ou produto. E alguém apaixonado faz de tudo para demonstrar o seu amor.
Lembre-se: nem sempre estamos falando de dinheiro, existem coisas que ou são muito difíceis ou são muito caras para uma empresa ter. Por exemplo: se estamos falando de um lançamento de um novo personagem no seu jogo, é claro que estamos falando em toda uma campanha de marketing para que essa novidade seja um sucesso. Isso custa dinheiro. Agora imagine que você tem uma comunidade super engajada, como a Riot, por exemplo. Ter essas pessoas falando nos canais pessoais delas e interagindo com os canais da empresa faz com que seu engajamento e seu alcance seja gigante, coisa que você precisaria gastar um bom dinheiro se fosse fazer através de campanhas pagas.
Entendeu por que é importante?
Não é um trabalho fácil, claro. Se você tiver uma pessoa responsável por isso na sua equipe, o famoso Community Manager, é melhor. Mas se você não tiver, não significa que não possa ter a sua comunidade – através de redes sociais é possível instigar sua comunidade e fazer com que ela seja sua melhor amiga.
Por que fãs apaixonados são um dos melhores ativos para sua marca / produto?
Tenho aqui um exemplo claro: um fã iniciou uma petição para a Activision para ter o Chorão (ex-vocalista da banda Charlie Brown Jr) no próximo jogo Tony Hawk. Chorão era entusiasta do Skateboard (era comum ele andar de skate no palco, por exemplo) e até o próprio Tony Hawk curtiu um show de homenagem à banda em 2019, que aconteceu em São Paulo.
Os fãs começaram uma campanha, por paixão. Sem dinheiro envolvido, quase 27 mil pessoas assinaram uma campanha orgânica completa para um jogo que foi anunciado, ganhando apoio de veículos da mídia geek nacional para endossar a campanha. Quão legal é isso?
Pessoalmente, eu gostaria que o Chorão estivesse disponível no Tony Hawk Pro Skater, mas o que a comunidade conseguiu foi sem precedentes: uma das músicas do Charlie Brown Jr, Confisco, está disponível no jogo.
É importante reforçar também que quanto mais conectadas com sua marca/produto, mais as pessoas irão consumi-lo, o que garante que o tempo de vida de seu produto (e provavelmente seu faturamento) aumente consideravelmente. Quando mais engajada com uma marca/produto, mais motivada a gastar com ele as pessoas se sentem, e assim toda essa paixão se transforma em dinheiro para seu projeto.
O assunto é amplo, e em breve a gente traz mais conteúdos sobre ele aqui, sobre como ter uma comunidade engajada e animada com seu produto.
Até mais!
Imagens por Gerd Altmann e tookapic no Pixabay
