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Design feminino e feminista

A disparidade de gênero é uma grande e complexa questão social, e por ser uma construção social, ainda está presente mesmo em círculos mais progressistas, desde os ambientes mais acadêmicos até os mais cotidianos. 

Diante disso, faz necessário pensar-se a importância de um design feminino e feminista, para propor reflexões plurais, que reflita um novo jeito de ver e pensar  Design, com o viez que abranja questões que busquem alcancar a igualdade de gênero, promovendo uma qualidade de vida para mulheres na sociedade contemporanêa, pois numa sociedade marcada pela lógica patriarcal é importante pensar num Design que faça juz a realidade, que desenvolva pensamentos feministas, antiracistas e decoloniais.

A educadora e Designer Katherine McCoy, propõe que os designers devem libertar-se da mentalidade obediente, neutra e subserviente à indústria, e afirma que  todas as soluções propostas pelos designer possuem um viés e que sua atuação não é um processo neutro e livre de valores. A autora define o Design como “uma ferramenta poderosa, capaz de informar, divulgar e propagandear mensagens sociais, ambientais e políticas assim como comerciais” (MCCOY, 2018)

De fato, é notória a presença feminina no decorrer dos anos ocupando espaços e conversas que mediam o Design e outras ciências. Mas ainda sim é comum apenas homens estarem listados em feitos relevantes do cenário de Design, por resquícios de uma lógica patriarcal que precisa ser subvertida, em vista desse fundamento conservador.

Habitualmente na história, mulheres não tiveram o reconhecimento devido de suas vivências e conquistas, mas é importante também pensar nessas trajetórias com um viés de classe e cor, tendo em vista que enquanto no circuito de artes e Design Europeu, mulheres ativas na Bauhaus, apontada como centro de modernidade e inovação, ainda eram incentivadas a optar pela tecelagem, seguindo-se a predominância masculina nos outros campos, como pintura, escultura e arquitetura, e ainda sim, ficando de fora ou não sendo mencionadas quando se fala sobre história da arte e do Design. 

Enquanto na Bauhaus mulheres tentavam ter seus trabalho exercido de forma livre e reconhecido, outras mulheres sufragistas enfrentavam uma luta patriarcal com a busca por direito ao voto, mulheres negras ainda enfrentavam e enfrentam o estigma da escravidão e do racismo, tendo direitos básicos negados. 

O design contemporâneo se insere no presente, porém nele devem estar inclusos o passado recente e as relações históricas e socioculturais, visando às abordagens de análise e interpretação dos artefatos e do conteúdo que o compõem (MOURA, 2011). 

Por isso é necessário romper com a norma e desafiar as noções dominantes, para assim avançar sobre a particularidade da experiência femininista e feminina, pois a partir desses diálogos é possível alcançar avanços que podem contribuir para a legitimação do reconhecimento da importância das mulheres no Design.

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