Marcas Não Endemicas Nos Games

Marcas Não Endemicas Nos Games

Com o mercado de games super aquecido e com a alavancagem que ocorre com a pandemia, várias marcas conhecidas começaram a migrar e até mesmo disputar entre elas para conseguir uma influência dentro dos games, renovando as estratégias e posicionamentos de algumas dessas marcas. Mas antes de tudo, o que seria uma marca endêmica? E uma não endêmica?

Então para te inserir no contexto e explicarmos esse novo fenômeno de marketing através dos games, vou começar com a explicação sobre esse termo. Marcas endêmicas, são marcas que se encontram em seu “ambiente natural” por assim dizer, ou seja, Razer; Logitech; HyperX; Dx Racer; Blizzard e por assim em diante. Marcas que tenham games como sobrenome desde seu início. Já não endêmicas, são marcas de fora do “Ambiente Natural” e que estão se inserindo nesse novo local. Mercedes Benz, Gucci, Louis Vuitton, Red Bull, PepsiCO e Mastercard.

Existem várias marcas, mas escolhi especialmente essas para mostrar um pouco para vocês de como marcas não endêmicas, encontraram um potencial fora do público alvo e posicionamento de décadas.

Marcas de alto luxo nos Games

Imagem: reprodução

Mercedes Benz, marca de carros de luxo, principalmente para nós brasileiros, é o primeiro exemplo.

Seu diretor comercial viu há alguns anos atrás o enorme potencial que o mercado tem, confirmando que os games são o ensaio de como será consumido média no futuro.

E claro que já vimos jogos com os carros da Mercedes Benz ao longo do tempo, mas não financiando e sendo patrocinadora oficial de um campeonato de E-sports.

Saindo um pouco dos carros, vamos para o ramo da moda: Louis Vuitton e Gucci , duas marcas de luxo altíssimo, grifes onde peças têm alto valor e onde um simples lenço com o logo da marca, podem lhe custar alguns milhares. O que eles tem a ver com jogo ?

No momento atual, tudo! A primeira conseguiu conseguiu emplacar uma linha de roupas no “mundo real” e uma skin exclusiva no jogo League of Legends . A segunda fechou uma parceria com time de E-sports (Fnatic) para uma coleção coop, iniciando com um relógio por uma bagatela de €1.150 euros, Aproximadamente R$ 7.750,00 Reais.

Imagem: reprodução

E por que? Simplesmente, porque ela viu potencial nesses consumidores, observando o mercado ela percebeu que streamers e E-Atletas ganham uma certa fortuna e gostam de “esbanjar” com itens de luxo, bebidas, baladas e carros….basicamente os novos “Reis do Camarote”.

Após o anúncio, ambas tiveram um grande aumento de notoriedade e uma receptividade calorosa vinda do público gamer.

Mastercard, empresa que encontrou um público pela crescente de compras com cartão de crédito de produtos digitais, especialmente jogos, e é completamente usado para esse tipo de compra (lembrando que no Brasil se tem o costume de pagar por boleto, lá fora essa prática não corresponde a atualidade deles).

Hoje já no Brasil, o consumo de produtos digitais, tem tido uma crescente exponencial, tendo até jovens de 14 anos com cartão de crédito.

Pepsiman | Imagem: reprodução

Chegamos agora nas últimas que podem gerar uma certa confusão,.

Red Bull por exemplo. Sempre esteve inserida dentro de propostas de esportes, novidades, games, e-sports e quebra de barreiras; a PepsiCO tem o Mountain Dew, Doritos e até uma linha de energético para gamers na América do Norte e mesmo assim ambas não são consideradas Não Endêmicas… Por que ?

Simplesmente porque isso não fazia parte do DNA da empresa, elas se adaptaram e se tornaram referência dentro do mercado de games e E-Sports no cenário mundial, com ótimas iniciativas e as pioneiras a apostarem nesse mercado com enorme potencial de crescimento.

Quem não se lembra do jogo de Playstation 1, o Pepsiman? Me arrisco a dizer que foi uma das principais referências para nascer a categoria que conhecemos hoje como Advergames. Tendo depois um patrocínio em um jogo de terror via web chamado hotel 626.

Quantas vezes, tazos de com temática de games não foram encontrados nos Salgadinhos produzidos pela PepsiCO aqui no Brasil e no mundo?

Imagem: reprodução

Kit gamer basicamente é o doritos e o famoso Mountain Dew em várias referências

E para a Red Bull então? Quando pensamos em competições de games, principalmente CBLoL, Worlds e os Formatos regionais da franquia do League Of Legends. Qual é o único energético que se mantém como patrocinador/parceiro/embaixador desde o começo? Tendo até seu próprio campeonato o Player One?

Então você percebe que tem marcas que sempre foram apoiadoras e interessadas no mercado e que hoje conceberam um posicionamento relacionado a área, desenvolvendo até produtos específicos, e que hoje ficaram reconhecidas e dificilmente terão seus postos substituídos, pois já se encontram instalados na cabeça dos gamers, pela iniciativa de acreditar no mercado antes de ele virar tendência.

Porque as marcas estão interessadas nos games ?

Agora fica até simples de responder essa pergunta não é mesmo?

Depois de ver marcas de luxo entrando num mercado completamente fora do seu escopo de décadas, empresas tendo lucros expressivos através desse novo público, uma forma muito mais barata e flexível de se entregar campanhas de publicidades com um ROI (Retorno de Investimento) positivo. Qual empresa não brigaria por um espacinho em um jogo que está no Hype e só se fala disso na internet ? As quais não brigaria eu não sei, mas posso dizer as que brigaram!

Recentemente uma “corrida” foi disputada entre marcas para ter uma Skin dentro do jogo Fall Guys, um sucesso gigante entre a comunidade gamer. Foi aberto um leilão onde a verba da empresa vencedora, seria redirecionada a um instituto de caridade.

Mas o que fez essas empresas abrirem os olhos, depois de tanto tempo que já se vem falando de games?

Hoje você vê artistas como Alok e Anitta fazendo lives de Free Fire, Jogadores conceituados de futebol como o Neymar, fazendo stream de Counter Strike. Artistas se tornando E-Atletas de League of Legends, Counter Strike e PUBG.

Seria por conta do grande resultado que algumas empresas vem conquistando ao longo dos anos e isso serviu de base e inspiração para outras empresas mais tradicionais e explorarem e acreditarem nesse mercado? Ou seria a pandemia, o alarme que acordou esse gigante e trouxe para os olhos do mundo como games são influentes e podem ser um grande aliado do marketing e publicidade quando bem executados, pois é um público que é completamente receptivo e amigável com propostas que agreguem valor para a comunidade gamer?

Essa resposta, você pode conferir no nosso E-book, que será liberado gratuitamente com respostas e dados de como a pandemia influenciou positivamente o mercado de games e conquistou um público geral, ultrapassando 3x mais o lucro disposto pela indústria cinematográfica de 2019, mesmo tendo o recordista de bilheteria Vingadores.

Fique de olho em nossas redes sociais e nós acompanhe, logo iremos liberar o arquivo fresquinho para download.

Em conclusão, é muito enriquecedor ver marcas apostando no mercado de games, algo que eu sempre tive a visão que um dia poderia ocorrer e hoje cada vez mais.

Esse tipo de coisa que se julgava sonhadora ou louca demais, é a nossa nova realidade e as empresas terão que correr atrás do prejuízo, se não quiserem perder uma excelente fatia do mercado ou até mesmo, pela pressa e desespero, efetuar medidas que podem se tornar negativas se não compreenderem do mercado ou não conversarem com consultores do mercado.

Diego Martin

Diego Martin

Profissional da área de marketing para Games e eSports, com conhecimento em Game Design, que ama esse universo desde sua infância e dedica seu amor em forma de trabalho e ideias inovadoras.

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