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Pokémon: uma história de amor e ódio

Minha jornada começou cedo, talvez como a de muitos, quando Pokémon começou a ser exibido na TV aberta. Nesse tempo eu ainda não tinha muito contato com jogos, então nem sequer entendia que a franquia tinha suas raízes em video games.

O interesse na franquia apenas disparou com o tempo e logo comecei a procurar por produtos da franquia, como brinquedos e cartas. Até que um dia um de meus colegas (na época do colégio ainda) me apresentou ao mundo da emulação, juntamente com algumas ROMs – da primeira até a terceira geração de Pokémon.

Comecei pela terceira, aparentemente o nome RUBY chamou muita atenção do meu mini-me. Mesmo não sendo muito familiar às criaturas dessa geração, eu adorei o jogo! Depois de terminar a terceira geração comecei a jogar as mais antigas na ordem, incluindo os remakes.

Mais tarde o Nintendo DS era a nova febre e depois de muito juntar consegui comprar um para mim. Peguei o final da quarta geração de Pokémon, mas a quinta – Black e White – foi o primeiro jogo que comprei original. E eu joguei demais!

Tenho várias memórias da franquia, muitas extremamente nostálgicas, o que não me torna cego ao que a Pokémon se tornou.

Por hora vou deixar as gerações antigas de lado. Elas têm diversos defeitos (e glitches, diga-se de passagem), mas o foco não é esse. Vou focar nas mais recentes, a partir da quinta.

A quinta geração foi a primeira que acompanhei já dentro da comunidade, então vi fãs reclamando do design de diversos Pokémons, sendo que todo jogo tem visuais muito bons e muito ruins! No entanto, a quinta geração trás uma riqueza e profundidade à franquia que outras gerações não tinham tão presente, como uma história redonda e um vilão melhor trabalhado do que os antigos.

Esta geração para mim, criou um hype enorme! E me fez colocar minha expectativa bem alta para as próximas gerações. Assim chegamos na sexta – X e Y – que tinha um potencial enorme, bons designs, primeiro jogo da franquia em 3D, narrativa suficientemente interessante. Se eu disse que joguei muito a quinta…a sexta eu joguei absurdamente muito. Foi a primeira vez que me juntei com amigos para jogar, fizemos times e tivemos batalhas frequentes, trocamos Pokémons entre os jogos opostos e terminei uma Pokédex inteira pela primeira vez, incluindo os Pokémon míticos, que são bem raros!

Eu tenho doce lembranças dessa geração, no entanto, isso não faz com que os defeitos desapareçam. A sexta geração dá a sensação de ser inacabada, um final aberto onde muitos fãs esperavam a continuação, assim como foi na geração passada, mas…isso nunca aconteceu. Pokémon X e Y foi abafado totalmente pelo remake da terceira geração – Ruby e Sapphire que foi lançado pouco tempo depois. Por um lado me deixou muito feliz, pois era a minha geração favorita, afinal, mas triste pelo jeito como foi trabalhado de forma que matou totalmente o jogo principal da geração.

Bom, saí da sexta geração com sentimentos mistos. Ora, sinto que foi uma das melhores, ora sinto que faltou algo, inclusive um melhor gerenciamento por parte da Gamefreak – empresa responsável pela franquia Pokémon.

Chegamos na sétima – Sun and Moon, calma que tá acabando, e esta geração traz algumas mudanças em comparação às passadas. Novamente os fãs da franquia reclamam ainda na produção, mas isso não impede do jogo vender como sempre vende.

A sétima tem um começo muito arrastado, você sente o jogo segurar na sua mão por muito tempo antes de deixar você finalmente jogar. Depois desse tutorial prolongado o jogo desenrola bem, trazendo alguns temas mais profundos para narrativa, com um final satisfatório.

O problema vem com o “terceiro jogo” da geração – Ultra Sun e Ultra Moon – enquanto o jogo tem muitas melhorias de gameplay, a narrativa é repetida, mas tira os melhores pontos do Sun e Moon. Foi a primeira vez que senti um burnout muito forte da série, tanto que não cheguei a terminar o Ultra Moon, e não aproveitei nada do post-game.

Quando a oitava geração – Sword e Shield – foi anunciada eu já não estava tão animado para o lançamento, o anúncio que não teriam todos os Pokémons na dex, eu fiquei bastante chateado. Mas ainda assim decidi dar uma chance à essa geração. Novamente o começo foi bem arrastado, mas era de se esperar, o jogo em si foi ok. Esta geração traz DLC pela primeira vez, e na minha opinião um foi ruim e o outro foi bem divertido. No mais, realmente não recomendo o DLC, mesmo adicionando mais criaturas à dex.

Ok, quase finalizando. Vou pular o remake da quarta geração, visto que aquilo destruiu os sonhos dos fãs da geração, trazendo um remake meia boca, sem nenhuma adição ou modernização do jogo que não fosse transformar a antiga pixel art, que era linda, em um 3D….ok. Vamos direto para o Pokémon Arceus.

Pokémon Arceus tem narrativa e gráficos que, sinceramente, não é dos melhores, quase inacabado, mas ele traz uma mecânica mais dinâmica que, na minha opinião, dá à franquia um novo olhar, e espero que ela retorne nos próximos jogos da franquia.

O burnout que a sétima geração me causou ainda tem impacto em como eu vejo o lançamento dos novos jogos. Estou bem defensivo em relação à nova geração – Scarlet e Violet – ao mesmo tempo que quero muito jogar com meus amigos e até mesmo quero voltar a tentar jogar competitivo! 

No geral a jornada Pokémon tem vários altos e baixos, mas recheado de memórias e nostalgia. Uma história diferente de amor e ódio a cada geração, com um sabor de expectativa de que a próxima vai trazer o brilho das gerações passadas.

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